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Em sua conferência anual realizada nesta terça-feira (21), a Amazon anunciou que a próxima atualização da Alexa virá com um recurso experimental que imita a voz de pessoas que já morreram.
Sob a promessa de “fazer as memórias durarem”, a assistente digital aprenderá a simular a voz do ente querido, ou até mesmo de quem ainda está vivo, a partir da escuta de áudios que podem até ter menos de um minuto.
De acordo com o The Guardian, o vice-presidente sênior e cientista-chefe Rohit Prasad disse ontem que a função da inteligência artificial busca amenizar a dor pois, na pandemia,
“muitos de nós perderam alguém que amava”.
Por enquanto, não há previsão de lançamento para o recurso, mas a tecnologia está em desenvolvimento há algum tempo. Na conferência, a Amazon deu uma demonstração do projeto em que a voz reanimada de uma idosa foi usada para contar uma história de ninar para seu neto. A ação foi executada depois que o menino disse:
“Alexa, a vovó pode terminar de ler para mim ‘O Mágico de Oz’?”.
Apesar da iniciativa, outras empresas de tecnologia têm se mostrado cautelosas para reproduzir vozes como recurso.
Apenas algumas horas antes da Amazon fazer seu anúncio, a Microsoft publicou um novo guia de regras referentes a novas inteligências artificiais e que impõe restrições para se criar vozes sintéticas e como elas poderiam ser utilizadas.
“É fácil imaginar como pode ser usado para se passar por outras pessoas e enganar ouvintes,” disse Natasha Crampton,
chefe do Departamento de Inteligência Artificial da Microsoft. Vale a reflexão, né?